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Notícias / O câncer do colo uterino e o exame de Papanicolau

02/02/2015 às 09:50

 
Segundo dados do INCA, o câncer do colo uterino é o terceiro câncer mais comum entre as mulheres, com uma estimativa de 529 mil casos novos em 2008, tendo sido responsável por 275 óbitos neste ano, 88% deles nos países em desenvolvimento. Para o Brasil, a estimativa é de surgimento de 18.430 casos novos de câncer do colo uterino em 2010. A maior incidência se dá nas mulheres entre 45-49 anos de idade, sendo uma doença de evolução lenta, com um período de progressão de uma lesão cervical inicial para a forma invasora da neoplasia de cerca de 20 anos.

Desde a década de 60, através dos estudos de Richart e colaboradores, sabe-se que todas as lesões precursoras conhecidas como displasias ou lesões cervicais intra-epiteliais, compõem o espectro de uma única doença, denominada neoplasia cervical intra-epitelial (NIC).

Nos anos 80, vários estudos demonstraram que tanto o carcinoma escamoso invasor quanto o adenocarcinoma cervical são causados sobretudo por tipos específicos de HPV (Human papiloma vírus), que infectam o trato ano-genital.

As lesões intra-epiteliais são predominantes nas mulheres em fase reprodutiva, com fatores de risco característicos de uma doença sexualmente transmissível, entre eles o início precoce da atividade sexual, número elevado de parceiros sexuais, elevado número de gestações e tabagismo. O exame de rastreamento ou prevenção do câncer de colo uterino, também conhecido como exame de Papanicolaou, é um instrumento importante para a prevenção, de fácil coleta e execução, não requerendo recursos técnicos sofisticados para sua realização. Outros métodos de detecção do HPV têm sido desenvolvidos, como a hibridização in situ. A associação dos métodos disponíveis pode otimizar a detecção, e contribuir com condução adequada para cada caso. No que se refere ao exame de Papanicolaou, a qualidade depende diretamente da formação e experiência do examinador, sendo fundamental que ele tenha um bom treinamento técnico, além de rigoroso controle de qualidade.

Em novembro de 2014, decisão judicial entendeu que um laudo citopatológico positivo, ou seja, com alterações celulares, é um diagnóstico médico, e como tal deve ser realizado por um especialista da área, o médico patologista.

A instituição de programas de vacinação populacional para o HPV é sem dúvida um instrumento essencial para o combate ao câncer do colo uterino. As duas vacinas disponíveis no mercado têm ação profilática, sendo indicada sua administração em meninas pré- adolescentes, entre 9 e 12 anos, antes que elas iniciem sua atividade sexual. A expectativa é que programas deste tipo se traduzam em redução da mortalidade causada pela doença após cerca de uma década, por isso os exames de rastreamento continuam sendo fundamentais para o controle e diagnóstico precoce da doença.



Luciana Gusmão de Andrade Lima Salomé

Departamento Comunicação Social

Fonte: www.sbp.org.br Luciana Gusmão de Andrade Lima Salomé - Departamento Comunicação Social

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